Entrevista no businesspoint

1. Conte-me um pouco sobre a sua jornada como empresário. Como começou neste setor? 

Tudo começa em 2017 depois de estar 10 anos em Angola. A ligação com a UE-CPLP onde fui delegado em Angola proporcionou a ida a Missões Empresariais em diferentes Países da CPLP e criou a visão empresarial que poderia surgir com a exportação e importação de produtos entre os vários Países. Com a vinda para Portugal em 2017 e com a criação da Globall como uma empresa de Traiding para essa variante empresarial percorri o nosso País em procura de produtos e além de descobrir a riqueza que temos na produção de diferentes produtos cheios de qualidade, sabor e tradição, despertou em mim o interesse por essa área. Assim nasce a preocupação de ter na Globall produtos que representassem as diferentes regiões, quer nos vinhos, charcutaria, doçaria etc mas que fossem únicos, inovadores e que a sua diferença no mercado colocaria a Globall como seu parceiro e representante tanto para o mercado Nacional como Internacional.

2. Quais foram os desafios mais significativos que enfrentou ao longo da sua carreira e como os superou?

Como pode compreender a parte económica e financeira assim como a implementação das nossas ideias num mercado tão competitivo como é o da Distribuição foi claramente o maior desafio. Mais do que vender produtos eu procurei mostrar aos clientes que eu representava produtos e marcas que se diferenciavam no mercado pelas razões que já disse: Sabor, Tradição e Qualidade.
Num mercado onde a industrialização e o preço dos produtos é uma constante competitiva para quem se apresenta ao mercado, eu tentei procurar não ir por esse caminho. Sendo uma empresa pequena, mas que procurou a diferença tive de optar por uma área mais Gourmet, mais cuidada na apresentação e de uma qualidade acima da média para o mercado que pretendi abraçar. Esse desafio foi claramente o maior porque nesta área temos de marcar a diferença pelo produto e na relação com o cliente. Eu digo mesmo que é aí que está o nosso maior desafio e valor como empresa.

3. Qual é a missão e os valores fundamentais que orientam a sua empresa?

A missão que temos é ser claramente ser os “embaixadores” das marcas e produtos que representamos e aproximar assim os produtores do cliente final com o objectivo de apresentar uma solução de qualidade, sabor e tradição aos clientes e sermos os grandes parceiros de quem produz e tenta cada vez mais inovar mas mantendo esses parâmetros que falei. Os valores que nos norteiam são a transparência, profissionalismo e dedicação a esta causa que é manter as tradições Portuguesas bem representadas no setor da gastronomia quer na Hotelaria, Restauração e Lojas através de produtos únicos e de excelência que temos no nosso País.

4. Poderia nos contar sobre um projeto ou realização da sua empresa do qual se orgulha particularmente?

Quando começamos o nosso negócio, da parceria que criamos com a Quintinha da Aldeia (Produtores de Fumeiro do Ribatejo) nasceu a divulgação e distribuição de um produto único que foi o Chouriço de Touro Bravo. A dedicação e o amor à Região do Ribatejano levou-me a abraçar esse desafio como uma oportunidade de mostrar que poderia fazer muito pelo produto, pela marca e pela minha região e penso que foi um sucesso inclusive além fronteiras que muito me orgulha. Onde quer que íamos eramos conhecidos pelo Chouriço de Touro.

5. Como você vê a sua empresa contribuindo para a comunidade e para Portugal como um todo?

Tudo o que venho vindo a falar até agora mostra bem da relação entre a Globall e os Produtores Portugueses. Assim queremos continuar como os seus verdadeiros parceiros e que através deste trabalho possamos encontrar ainda mais produtores e novos produtos por forma em conjunto possamos ajudar-nos e fazermos crescer a produção Nacional.

6. Quais são os principais desafios e oportunidades que você vê para o seu setor nos próximos anos?

Eu penso que o principal desafio é claramente mostrar que a diferença nos produtos nos distingue pela concorrência das grandes superfícies e dos grandes produtores que procuram mais a venda em quantidade e pelo preço e não tanto pela vertente de tradição e sabor, pois essa encarece os produtos. No entanto, isto abre-nos a oportunidade pela diferença. A proximidade ao produtor e ao cliente e a apresentação de produtos únicos e de excelência como temos possui ainda nichos de mercados que são claramente as portas onde pretendemos entrar.

7. Como a tecnologia e a digitalização estão a afetar o seu negócio e como você está se adaptando a essas mudanças?

Esta era em que estamos e o salto tecnológico e de digitalização que atravessamos é transversal a toda a sociedade e como tal mesmo marcando a diferença, não podemos deixar de estar adaptados a essa realidade. Estamos claramente focados em acompanhar esta evolução e por isso mesmo este ano de 2024 iremos apostar muito no digital e nas redes sociais assim como utilizar a tecnologia que nos permite inclusive estar presentes no On-Line. Hoje em dia quem não acompanhar esta evolução ficará para trás e sendo diferentes queremos ser também iguais aos melhores que aproveita estas ferramentas para poder aumentar assim a sua exposição no mercado e claro que também as suas vendas.

8. Por último, que mensagem você gostaria de enviar para as empresas em Portugal que buscam inspiração e sucesso nos negócios?

Eu deixaria uma mensagem muito clara e simples sobre as empresa em Portugal e o seu sucesso nos negócios: Que sejam dedicados à causa que os inspira, que gostem do que fazem, que sejam profissionais e que busquem a felicidade fazendo os outros felizes, porque o sucesso nos negócios dessa forme irá acontecer.